quinta-feira, 4 de abril de 2019

Indústria 4.0: O Futuro Da Manutenção De Maquinas De Colheita Florestal

em indústria 4.0 no ambiente florestal, trata-se de um conceito pouco explorado que tem como premissa o monitoramento das atividades através de softwares e hardwares embarcados no equipamento com o objetivo de coletar informações para melhorar a performance e produtividade.
A Industria Brasileira de árvores, 2018, informa que o setor brasileiro de árvores plantadas está entre os maiores produtores de celulose, papel e painéis de madeira do mundo. Em 2017, a produtividade nacional representou 6,1 % do PIB Industrial brasileiro, gerou 3,7 milhões de empregos (diretos, indiretos e efeito renda) e R$ 73,8 bilhões. Em 2017 a área total de árvores plantadas no Brasil foi 7,84 milhões de hectares (menos de 1% da área total do país). As espécies mais cultivadas são o eucalipto e o pinus, e os estados mais produtivos são: Minas Gerais, São Paulo e no Mato Grosso do Sul.
A Global PwC, 2017, informa que a indústria 4.0 não é mais uma tendência, hoje é uma realidade, as empresas integrantes do setor de celulose, papel e embalagens planejam investir 4% da sua receita em soluções de operações digitais ao logo dos próximos 5 anos. Esses níveis está se traduzindo cada vez mais em um avanço de digitização e integração. A Figura 1 mostra que cerca de 38 % das empresas do setor já atingiram níveis avançados de digitização e integração e 72 % esperam estar neste nível nos próximos 5 anos, Figura 1. 
Figura 1. Projeção de Digitização nos próximos 5 anos.
Fonte: Pesquisa Global indústria 4.0: Relatório setorial PwC
Dentro do ambiente florestal, é possível verificar ao longo das últimas décadas uma forte onda de mecanização, que segundo Moreira (2004), “intensificou-se significativamente a partir da década de 1990, com a abertura do mercado pelo governo brasileiro à importação de máquinas e equipamentos de países de maior tradição florestal
Em razão da mecanização dos processos produtivos no ambiente florestal, fez surgir um novo conceito no modelo de colheita, sendo necessário, um maior estruturação dos processos de manutenção e gestão dos ativos, decorrente do alto custo e grau de complexidade dos Harvester e Forwarder, quando se comparado com o modelo anterior, que na sua grande maioria era executados por motosserras.
Diferente de um ambiente industrial, em que, os ativos são fixos e trabalham dentro de um ambiente de fácil monitoramento e controle, com possibilidade de estruturação de complexas redes de dados cabeadas. O ambiente florestal trabalha com ativos moveis, longe da base administrativa e em ambientes de grau de conectividade baixo e pouco povoadas, atrasando bastante o avanço de soluções com baixo custo voltadas para a indústria 4.0.
A busca pelo aumento da produtividade, quebra zero e redução das perdas é um fator decisivo para um melhor desempenho, disponibilidade mecânica, confiabilidade, melhorando dos indicadores, reduzindo acidentes e custos nas operações, e isso só é possível em um ambiente onde se possa obter informações de forma rápida.
Diante do exposto, concluiu-se que para o desenvolvimento da manutenção, com a visão 4.0 é necessário que o setor busque soluções, para superar as dificuldades de conectividade que o país enfrente atualmente.
A indústria 4.0 enquanto elemento de transformação no meio floresta, trará ao setor uma nova forma de se pensar em manutenção, tornando os processos de planejamento mais assertivos, abrindo espaço para que a gerencia possa tomar decisões mais assertivas e rápidas, podendo trazer impactos operacionais positivos, reduzindo tempo de maquinas parada e aumentado disponibilidade mecânica para operação.
Os modelos de gestão da manutenção que nascerá dentro do conceito da indústria 4.0, terá que ser constituídos de processos de analises de dados cada vez mais automatizado, abrindo assim portas para modelos mais estruturados de análise de confiabilidade, propiciando as montadoras de maquinas a desenvolver produtos cada vez mais eficientes. 

Descontaminação de Lubrificantes X Principio de Pareto

Vocês já ouviu falar no principio de Pareto ?
Ele foi observado por Joseph Moses Juran. Ele afirma que:
"Para muitos eventos, aproximadamente 80% dos efeitos vêm de 20% das causas"
Um dos principais vilões da manutenção é o contaminante do óleo hidráulico, já falei um pouco sobre o assunto anteriormente em Programa de Monitoramento e Descontaminação de Óleo Lubrificante.
Você deve está se perguntando, qual a relação da contaminação com Pareto, já que inicio o texto falando sobre ele.
Ano passado (2018), fiz um artigo para a conclusão do curso de Gestão de Projetos da USP/ESALQ, que intitulei de "Viabilidade econômica da implantação de melhorias no sistema de filtragem de óleo em equipamentos de colheita florestais"
Neste artigo, eu chego a conclusão que o investimento em descontaminação de óleo hidráulico é muito lucrativo
com uma Taxa Média de Retorno de 15% o “payback” seria atingido em 1,6 anos, com oVPL de R$ 1.377.201,99 e a TIR 46,66%demostrando que neste caso o projeto é economicamente viável.
Mas após algumas reflexões e revisão de alguns rascunho, cheguei a conclusão que esse modelo não é muito viável para pequenas empresas, pois os custos de investimento geralmente são elevados,
dependendo do tamanho da frota, pode ultrapassar 1 milhão de reais
Agora o Pareto vai fazer mais sentido.
Observando o processo, é possível desenvolver boas praticas de descontaminação com um custo menor e mais eficiente.
Atuando em 20% do problema, que são Armazenamento e Transporte

é possível eliminar 80 % dos problemas relacionados a contaminação de óleos lubrificantes.

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A importância da comunicação na manutenção

A manutenção é indispensável em todo o tipo de ambiente produtivo, uma gestão de manutenção eficiente consegue prever e evitar falhas que poderiam ter um custo elevado se ela viesse a acontecer.
E para que a gestão deste processo seja eficiente é necessário que seja estabelecido um canal de informações direto e livre de ruídos para que a informação flua com facilidade entre gestores, técnicos e clientes.
Em outros artigos onde falo sobre os Aspectos básicos da ManutençãoAnálise de FalhaImportância Da Lubrificação e sobre o profissional que trabalha diretamente na previsibilidade de falhas Detetive ou Engenheiro de análise de falhas ?
Mas hoje quero iniciar uma abordagem um tema diferente, que será voltado mais para a COMUNICAÇÃO NAS OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO.
Apesar de estarmos entrando na 4º revolução industrial, ainda temos um modelo de comunicação um pouco que confusa o que leva a execução da manutenção ter um resultado ruim e uma gestão totalmente ineficiente dos recursos.
Um dos principais vilões da comunicação dentro de um modelo de manutenção é o papel. Quando se utiliza papel como forma de gestão de manutenção, acaba por sobrecarregar os técnicos com trabalhos administrativos que são totalmente dispensáveis para o tipo de serviço.
A utilização de papel também inviabiliza a tomada rápida de decisão, pois o tempo de recebimento, compilação e transformação dos dados em indicadores acabam tornando-se longo e trabalhoso tomando assim muito tempo da equipe de planejamento, fazendo com que esses profissionais perca muito tempo desenvolvendo métodos para controle ao invés de focar em avaliar dados com o objetivo de prevenir falhas.
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